Servidores da Fiocruz entram em greve por reajuste salarial
Saiba mais sobre proposta do governo para reajuste de funcionários públicos da Fiocruz
07/08/2024 às 21:00 | Atualizado 07/08/2024 às 21:00 | Tempo de leitura: 1 minuto
Servidores da Fiocruz entram em greve por reajuste salarial
Os servidores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) iniciaram uma paralisação de dois dias nesta quarta-feira e quinta-feira (7 e 8) para reivindicar melhores reajustes salariais.
Uma manifestação está agendada para esta quinta-feira, em frente à sede regional do Ministério da Saúde, no Centro do Rio de Janeiro. Esta não é a primeira paralisação dos funcionários, que já haviam interrompido suas atividades no dia 1º de agosto.
Servidores públicos rejeitam proposta
Os funcionários da Fiocruz estão insatisfeitos com a proposta do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz, a oferta consiste em um reajuste zero para este ano.
Além disso, a proposta traz aumentos de 9% em 2025 e 4% em 2026. Os trabalhadores consideram essa proposta insuficiente e desproporcional às perdas salariais acumuladas ao longo dos anos.
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Perdas salariais
De acordo com o sindicato, os servidores da Fiocruz enfrentaram uma significativa perda de poder de compra nos últimos 15 anos. Trabalhadores de nível superior tiveram uma redução de 59% no poder aquisitivo, enquanto aqueles de nível intermediário sofreram uma perda de 75%.
Diante desse cenário, os servidores demandam reajustes de 20% nas próximas folhas salariais deste ano, 20% em 2025 e 20% em 2026.
“O descontentamento com a proposta apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação é reflexo das perdas salariais acumuladas desde 2010. Estamos trabalhando para que o governo reconheça a importância da Fiocruz para a sociedade, valorizando concretamente nossos trabalhadores”, afirmou Paulo Garrido, presidente do sindicato.
Servidordes possuem apoio institucional
A reivindicação dos servidores da Fiocruz conta com o apoio da direção da instituição. Desde fevereiro, a presidência e os diretores têm se reunido com representantes do governo e do Congresso Nacional para defender a pauta dos trabalhadores.
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No domingo passado (dia 4), o presidente da Fiocruz, Mario Moreira, entregou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assinada por todo o Conselho Deliberativo da Fiocruz, solicitando apoio para a revisão da proposta de reajuste salarial.
Ministério da Gestão e da Inovação se posiciona
Em nota, o ministério afirmou que a mesa de negociações sobre as carreiras da Fiocruz é uma das 17 em andamento
“O Ministério da Gestão segue aberto ao diálogo com os servidores de todas as áreas, buscando atender as reivindicações dentro dos limites orçamentários. Até agora, 28 acordos foram assinados com diferentes categorias”, declarou o ministério.
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A paralisação dos servidores da Fiocruz destaca a insatisfação com as atuais condições salariais e a busca por um reajuste justo. A mobilização e o apoio institucional demonstram a importância dessa causa para a valorização dos profissionais que contribuem significativamente para a saúde pública no Brasil.